Meditação para principiantes – 5 dicas para aprender a meditar

Vivemos tempos novos e praticamente sem travões. Depois do surto pandémico, a solução da ciência, os novos hábitos de trabalho, os novos modos de relacionamento. E agora um novo ano. Tantas mudanças podem trazer, também, algum stress com o qual temos de lidar. Mas será que existe imunidade ao stress? E se sim, como se alcança esse estado de graça? A resposta pode estar na meditação!

As boas notícias são que, não só há remédio para curar os picos de tensão, como este remédio tem efeitos duradouros. De acordo com um estudo da Universidade de Harvard (EUA), as técnicas de relaxamento, nomeadamente a prática de meditação e de Yoga, têm efeitos imediatos e que se prolongam no tempo, garantindo o bem-estar e a sensação de tranquilidade, muito para além do tempo em que são realizadas. 

Neste estudo foram recolhidas amostras de sangue e foram testados os processos biológicos de resposta ao stress, saúde celular e envelhecimento. As conclusões indicam que a prática consistente de meditação leva a um reforço celular e a uma melhoria do metabolismo. A meditação tem assim efeitos físicos que ficam agora comprovados. 

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“A meditação aparenta ser uma das formas de oferecer alívio ao nosso sistema imunitário (…) O stress diário que o corpo tem de suportar fica reduzido. Isto pode levar a um envelhecimento mais saudável”, afirma Rudolph Tanzi, neurologista na Universidade de Harvard.  

A meditação tem efeitos positivos em todos e todos podem experimentar e beneficiar deles. Para principiantes pode parecer intimidante, mas a meditação pode (e de acordo com os resultados do estudo – deve) ser uma opção para cada um de nós. Aprender a focar o presente, evitar os pensamentos negativos e intrusivos, relaxar a mente, alcançar uma sensação gratificante de bem-estar. Soa bem? Então vamos a isso. Basta seguires o nosso top 5 de lições indispensáveis para poderes começar a praticar meditação e a recolher os seus frutos.

1. A melhor altura do dia para meditar

Estamos já habituados a que o corpo funcione naturalmente quase como um on-off. Estamos ligados de dia, desligamos de noite. A meditação pode funcionar como um intervalo entre esses dois estados, apesar de ser sempre uma prática consciente e presente, não podes estar meio a dormir e querer que funcione. Podes tentar seguir os horários do sol (se conseguires) e meditar ao nascer e ao pôr do sol. Em alternativa, ao acordar e antes de adormecer serão também ocasiões em que o corpo e mente estarão mais abertos à experiência. 

Yoga pour les hommes

2. O lugar certo para meditar

Não é preciso nenhum acessório para meditar com sucesso. Mas precisas de um espaço tranquilo, sem telemóveis a tocar, conversas ou barulhos de fundo que te distraiam. Se conseguires criar um espaço que o teu cérebro comece a reconhecer como o lugar onde vai para pausar, melhor e mais fácil será meditar. Precisas de conseguir sentar-te de forma estável e confortável. Não vai funcionar se estiveres sempre atento ao equilíbrio, a corrigir a postura ou com desconforto por causa de uma posição incómoda. Uma almofada, tapete ou colchão podem ser o suficiente. Se quiseres acrescentar umas velas, uma imagem para focar (sem julgar ou analisar) ou uma música suave de meditação, também são boas ideias.

3. A posição ideal para meditar

Um dos aspetos em que vais começar por te focar é na respiração. Por isso, arranjar uma posição em que consigas respirar bem, abrindo bem o peito, será ideal. Senta-te com pernas cruzadas, aumentando a tua base de sustentação no chão, Mantém as costas direitas e o pescoço alinhado. Podes imaginar que uma linha invisível que segue em direção ao céu desde o final da tua nuca e te puxa para cima. Isto costuma ajudar a que naturalmente afastes bem os ombros e eleves o queixo. Deixa cair os braços no teu colo e coloca as mãos uma sobre a outra ou uma sobre cada joelho. Agora respira fundo e relaxa os músculos e descontrai completamente.

4. Preparar o cérebro para meditar

Imagina que alguém se chega ao pé de ti e te diz: “sê expontâneo”. E pronto, tudo estragado. Fica automaticamente impossível ser expontâneo a partir desse momento. Com a meditação acontece mais ou menos o mesmo. Quem está a começar fica agarrado à pressão de não pensar em nada, de esvaziar a mente, que só pensa nas coisas em que não devia estar pensar. Truques para evitar isto? Não mexas os olhos. Quando precisas de imaginar ou de lembrar alguma coisa, os olhos precisam de se mexer para cima e se os “segurares” num ponto, o cérebro deixa de conseguir deambular. Se ainda assim aparecerem pensamentos invasores, afasta-os com tranquilidade e calma. Vai focando um ponto. A chama de uma vela, uma imagem, a ponta do teu nariz. Quando procuras que o cérebro se concentre em algo, ele vai deixar de estar disponível para ser assaltado por outras ideias. 

5. Durante quanto tempo deves meditar 

Não queiras ficar logo uma hora a meditar. Se cinco minutos for o máximo que conseguires de forma confortável, então cinco minutos é o teu ideal. Aumenta conforme vás progredindo. Isto é para ir fazendo, um bocadinho a cada dia. Concentra-te na respiração. Garante que é plena e sem esforço. Mantém a intenção de ir abrandando a mente, ao invés de querer conseguir logo que ela pare de uma vez. O que importa é que tentes fazer todos os dias. Seja cinco minutos, seja vinte. Não é preciso, nem esperado, que fiques uma hora a meditar. Se algum dia te souber bem, força, mas não é esse o plano. A ideia é que consegues recolher os benefícios se procurares acalmar a mente todos os dias, mesmo que seja só por um bocadinho.   

Se ainda assim te sentires um pouco perdido, ou simplesmente preferires sessões de meditação guiada, nós ajudamos-te! Temos parceiros que disponibilizam aulas de meditação ou que a integram na sua prática, como o yoga, por exemplo. Explora os nossos parceiros de meditação em Lisboa e no Porto e investe na tua saúde mental, para além da física, com uma única subscrição de desporto e bem-estar.

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